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Gal Costa e a Pele do Futuro

(Ouça a íntegra do programa aqui)

 

 

Três anos após lançar o intenso Estratosférica, Gal Costa está de volta com mais uma de suas pérolas musicais. A Pele do Futuro vem para compor a longa lista de álbuns de estúdio da cantora, que sempre busca novas parcerias e sonoridades para seus trabalhos.

 

A Pele do Futuro

 

Em seu novo disco o ar retrô e setentista permeia as canções, mas pegadas rock, pitadas de blues e jazz também fazem parte do repertório de A Pele do Futuro. Segundo a própria Gal, ela sempre quis gravar algo que tivesse uma levada Disco Music, mas nunca pintou uma oportunidade. Agora, a moça viu a chance perfeita para essa empreitada e o álbum já começa com Sublime, faixa que te leva imediatamente para algum momento da época Dacing’ Days.

 

Disco!

 

Toda essa sonoridade setentista ganha contornos com nipes de metais que trazem arranjos característicos da época e sintetizadores colocados na medida certa para cada canção. Mas não é só isso que vamos encontrar em A Pele do Futuro. Gal mostra como sua interpretação cai como uma luva em melodias jazzísticas como em Palavras no Corpo, composição com uma guitarra melódica acompanhada por um piano delicado e aquela ambientação sonora que te faz lembrar as faixas da época da Motown Records.

 

Gal traz interpretações intensas e melodiosas para A Pele do Futuro

 

As parcerias! Estas são para lá de especiais e Gal reuniu participações de peso em algumas gravações, e um time de compositores ecléticos que dialogam perfeitamente com a proposta de A Pele do Futuro. Todas merecem destaque, mas uma em especial era aguardada há vários anos pelos amantes da música popular brasileira. Gal Costa e Maria Bethânia! Essas moças não se encontravam em estúdio há muito tempo e Gal fala que não houve um motivo em especial, mesmo com a história, que ninguém sabe se é verdade ou não, que as duas não estavam conversando mais, digamos assim. Fato é que em A Pele do Futuro as divas da MPB retomaram a dobradinha e registraram Minha Mãe, composição de Jorge Mautner e César Lacerda. Saudade e aceitação andam de mãos dadas nos versos que, claro, ganharam força e brilho nas vozes dessas moças.

 

Gal e Bethânia, uma das dobradinhas mais esperadas da música brasileira

 

Além de Maria Bethânia está lá a cantora sertaneja Marília Mendonça em Cuidando de Longe, e não se assuste, para Gal o que há é música boa ou não, independente do estilo. Já o leque de compositores selecionados para A Pele do Futuro é heterogêneo e navega pelas mais diferente formas de poesia. Além de Jorge Mautner, César Lacerda e Marília Mendonça, estão lá Djavan, Emicida, Gilberto Gil, Silva, Erasmo Carlos, Adriana Calcanhotto, Nando Reis, Breno Góes, Guilherme Arantes e Dani Black. E para você ter uma real ideia de como Gal sabe criar além de um bom time poético/musical, uma banda refinada, A Pele do Futuro traz Marcus Preto na direção artística, Pupillo com sua bateria e Paulinho Viveiro no trompete. Além claro de uma turma nota 10 que completa o super grupo que acompanha a moça no estúdio.

 

Gal e Marília, uma parceria que deu certo

 

A Pele do Futuro confirma a fama de Gal Costa de ser umas das cantoras mais antenadas e modernas da MPB. E sem frescura ou medinhos, Gal se reinventa a cada trabalho, fazendo com que a gente fique sempre com aquela dúvida gostosa : Qual Gal vem aí? Se você ainda não conferiu A Pele do Futuro vale à pena tirar um tempinho para escutar este que é o 40o álbum de Gal Costa, ele está disponível em diversas plataformas digitais. Agora se quiser acompanhar a carreira de Gal de perto é só ir no site da cantora, galcosta.com.br.

Até a próxima!

 

 

Nação Zumbi e a sua Radiola NZ Vol. 1

(Ouça a íntegra do programa aqui)

 

Nação Zumbi, Radiola NZ Vol. 1 – Podcast

 

2017 encerrou com um lançamento pra lá de aguardado, afinal tudo que vem da Nação Zumbi desperta a curiosidade de todos que acompanham a carreira dos padrinhos do manguebeat e, claro, dos novos fãs que a banda angariou ao longo dos anos. O mix de tambores de maracatu com guitarras,  pegadas rock’n’roll, muito swing, teclados e sintetizadores, traz para o som da Nação uma assinatura  sonora que podemos reconhecer nos primeiros acorde de suas canções e releituras.

 

Nação Zumbi

 

E por falar em releituras, elas estão presentes em todo o repertório de Radiola NZ Vol.1  – A Nação Acende Radiola de Clássicos, álbum lançado na primeira quinzena de dezembro, que traz 9 faixas selecionadas a dedo pelo banda e que literalmente “acende a radiola de clássicos” que faze parte das influências e histórias de cada integrante do grupo. Para quem tem 40 anos ou mais as famosas fitas K7 fizeram parte desta geração que encontrava nesta mídia uma forma de gravar e compartilhar a produção musical da época. Num período sem internet e onde o rádio ainda era a melhor forma de divulgação musical, o K7 era um grande aliado de músicos, fãs e todo mundo que queria uma sequência sonora que fosse a sua cara. E foi justamente a memória afetiva deste período que levou a Nação a reunir suas lembranças melódicas neste trabalho.

 

Radiola NZ Vol. 1.

 

O repertório enxuto traz verdadeiras pérolas que vão de Secos e Molhados a Marvin Gaye, passando por Tim Maia, Beatles e David Bowie.

 

Nação Zumbi e Ney Matogrosso

 

Radiola NZ Vol.1  não foi um álbum gravado às pressas, no ímpeto de soltar algo bem rápido nas prateleiras no mercado ou nas playlist’s das diversas plataformas de streaming que existem por aí. Pelo contrário, foi um disco construído aos poucos, levando em consideração as características de cada composição escolhida e buscando os arranjos e sonoridades mais adequados para cada uma. Os tambores característicos da Nação, por exemplo, não surgem em todas as músicas, segundo o frontman Jorge Du Peixe essa escolha foi feita porque nem todas as canções pediam o peso no tambor. Já em outras é esse mesmo tambor que traz a força necessária para composição original. A guitarra de Lúcio Maia ganha várias caras ao longo do álbum, trazendo distorções, efeitos e levadas melódicas de acordo com a vibração de cada música. E a cozinha formada por Dengue (baixo) e Pupillo (bateria) dão a marcação perfeita para a banda esbanjar sua criatividade ao longo do disco.

 

A Nação abriu sua caixinha musical e saiu muita coisa boa de lá!

 

O Volume 1 incluído no título nos faz pensar que talvez venha uma segunda leva de releituras para as músicas que marcaram os rapazes da Nação. Mas como o grupo não lança um trabalho só de inéditas desde 2014, corre-se o risco de algo novo vir por aí, mas Du Peixe já avisou que um projeto de composições fresquinhas requer um tempo de elaboração maior. Então o negócio é curtir Radiola NZ Vol.1 ao máximo e embarcar nessa viagem no tempo e na produção musical de várias épocas e estilos que os moços da Nação nos propõem. Com certeza você vai querer escutar este disco mais de uma vez.

 

Nação!

 

Para acompanhar o trabalho da Nação Zumbi de perto é só acessar  nacaozumbi.com.br ou página oficial dos rapazes facebook.com/nacaozumbi.

Até a próxima!

 

 

 

Ottomatopeia, novo álbum de Otto

(Ouça a íntegra do programa aqui)

 

 

Após uma hiato de 5 anos o cantor Otto lançou recentemente Ottomatopeia, álbum que teve produção independente e traz uma lado mais pop do músico. Neste período o moço esteve ocupado com seus shows mundo afora e com a radar antenado para as situações nada agradáveis que vem assolando o país. E a palavra é uma grande aliada de Otto, que se diz um poeta que escreve diariamente, daí a força da sua escrita, exercitada todos os dias.

 

Ottomatopeia

 

Ottomatopeia é um manancial poético onde Otto abraça o amor, suas desilusões, as alegrias da vida e seus dissabores. Todos esses temas são tratados de maneira leve e inteira em uma entrega típica deste pernambucano que não se permite ser pelas metades. As emoções, as canções, a dança, o verbo, tudo em Otto é uma avalanche completa de sensações. Talvez por isso seus trabalhos, em estúdio ou no palco, sejam tão intensos e cheios de cor.

 

Otto, um artista intenso

 

Em seu novo projeto Otto nos oferece um mix melódico saboroso onde a percussão, uma das características marcantes do cantor, deixa sua assinatura em parceria com leves batidas eletrônicas, guitarras melódicas, violinos, além de ritmos que passam pela matriz africana,  o bolero, carimbó e rock.

 

Otto

 

Em Ottomatopeia Otto se cercou de parceiros de longa data e novos agregados para dar vida a suas idéias. A produção ficou por conta de Pupillo que também assina com Otto algumas faixas. E como a dobradinha dos dois vem de longa data, Pupillo soube absorver toda a efervescência criativa de Otto e transformá-la em arranjos elaborados e cheios de nuances, dando um brilho forte para as criações do cantor.

 

Pupillo, parceirão de longa data de Otto

 

E já que estamos falando de parcerias em Ottomatopeia, Otto convidou um time eclético para compor o rol de ilustres participações que estão presentes nos álbum. No novo trabalho de Otto marcam presença Roberta Miranda, de quem Otto se diz fã, na faixa Meu Dengo sucesso de Roberta que integrou a trilha sonora do filme Quase Samba. Além de Roberta estão também Andreas Kisser, do Sepultura, em Orunmilá, o músico Zé Renato em Carinhosa, Céu que faz backing vocal em Meu Dengo e Manoel e Felipe Cordeiro na faixa Teorema. Ou seja Ottomatopeia ganhou um brilho a mais com músicos das mais variadas vertentes que com seus estilos acrescentaram um charme a mais ao álbum.

 

Roberta Miranda, participação ilustre em Ottomatopeia

 

Vale destacar também o projeto gráfico inspirado na arte do fotógrafo japonês Araki Nobuyoshi, que teve seu trabalho apresentado a Otto por sua esposa. Belas e instigantes fotos compõe o trabalho e complementam a poesia do moço. Se você ainda não conferiu Ottomatopeia tai uma boa oportunidade, o álbum está disponível em diversas plataformas de streaming e no Youtube e para acompanhar o trabalho de Otto mais de perto é só acessar facebook.com/oficial.otto.

Até a próxima! 😀

 

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